segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Diário de Bordo: Um Novo Tempo ... O Retorno do Barquinho !!!

Fui surpreendido por um e-mail esta manhã, enviado por uma amiga que mora no meu coração chamada Alline Serpa. Nos conhecemos há cerca de uns três ou quatro anos atrás e descobrimos diversas afinidades em nossas vidas e no nosso modo de pensar e agir. Inclusive o nossos aniversários. Somos típicos escorpianos do dia 07 de novembro. Nem preciso dizer, que eu adoro essa pequena, né?!!! Neste e-mail, Alline resgatou um texto que escrevi em setembro de 2006. Na ocasião as coisas estavam bastante diferentes em nossas vidas. Aliás, a roda do destino parece que nunca para mesmo. Dos quatro amigos, cada um seguiu em uma direção diferente (Nostradamus já tinha previsto isso, sabia? ...hahahah), buscando aquilo que acreditam ser o melhor para si. Eles não se encontram mais com tanta frequência. Mas o carinho ainda existe e pernace o mesmo! Pelo menos da minha parte ... Fiquei emocionado ao relembrar a ocasião e entre risos e lágrimas na frente do computador, me senti muito feliz pelo fato de ter escrito um resumo tão preciso do que vivemos naquela fase. Uma espécie de visão raio X dos nossos corações na época. E foi delicioso poder comparar ...
“Outra coisa que percebi é que mais tarde a gente acaba comparando (quando tudo for diferente) como e quanto tudo na sua cabeça se transformou”. Coincidentemente, ontem fui visitar a casa nova do meu amigo Lêle, que hoje (acreditem) é um homem casado ...risos !!! Continua figuraça, claro! ... e não perdeu a gargalhada que eu adoro tanto. - Casa linda amigo ... Parabéns !!! Alline também decidiu provar a deliciosa experiência de morar sozinha.
- Estarei ai em breve amiga ... confirmei com o Lêle ontem ... vamos no próximo mês.
Ela após acertos e erros, parece que finalmente decidiu preparar o “jardim”, plantando lindas flores para receber na nova estação, outras borboletas. A Luluzinha, ao meu ponto de vista foi a última a pular do barco ... se bem, que certas vezes, ainda me dá uma leve impressão que ela na verdade, nunca pulou. Continua remando, remando, remando ... Só temo que ela no futuro, descubra que todos os seus esforços, tenham sido em vão. Certas vezes é preciso entender as marés, e se aventurar por outras águas ... mas acredito de verdade, que ela ainda irá entender a sua verdadeira rota. Afinal, navegar é preciso ... sempre!!! E eu, me encontro aqui ... neste incansavel exercício de contar a vida. Fazer valer os aprendizados e registrar as mudanças. Feliz, e não mais sozinho! Tiramos as cadeiras. Fugimos de toda e qualquer cobrança que nos foi imposta e que não julgamos justa.
E acreditem ou não: mesmo distantes, “a gente, ainda tem a gente !!!” Beijo pra vocês meus queridos. Beck
Tirou a cadeira paga cinco ... Sep 26, '06 7:09 PM Decidi escrever um pouco só pra exercitar as idéias. “Malhar a cachola”, pra não deixar engordar na cabeça a falta de pensamentos. Pensar não ocupa mesmo espaço e para falar a verdade, eu até acho divertido esse negócio de ficar registrando a vida com seus inúmeros altos e baixos. É como fazer em linhas (mal redigidas, é claro!) um gráfico representativo da nossa existência. Meu analista, se eu tivesse grana pra bancar um, diria que isso é coisa de Contador mal resolvido ou frustação de Publicitário/Jornalista, que trancou a faculdade no 4o. período … Eu olharia pra ele com meu olhar fulminante de escorpiano e pensaria: Cara idiota esse! Quanto mesmo que eu pago pra ele me esculachar desse jeito? E vocês, na contra-mão dos meus pensamentos, talvez também me dissessem: - Mas para quê ficar escrevendo esse monte de baboseiras?… a gente escreve hoje, e amanhã tá tudo diferente? É verdade, a vida muda, a cabeça muda, tudo muda. Mas é bom a gente relembrar o passado às vezes. Aliás, acho recordar um exercício quase tão importante como viver. É muito bom reencontrar os amigos e rever aquelas velhas idéias que você deixou esquecidas no bloquinho na gaveta do criado mudo. Assim como é bom reviver as aventuras, aquela balada inesquecível, as bebedeiras, aquele dia que dividimos o mesmo travesseiro ou passamos a noite inteira em claro conversando sobre qualquer coisa tôla … aquelas reflexões intermináveis sobre a vida e aqueles relacionamentos que nós vivemos e que nunca deram certo. Contar para os outros é fundamental. É claro que quem escuta ou lê, nunca vai sentir a mesma energia e emoção de quem viveu com você a situação, mas é legal mostrar que você também tem histórias especiais. Outra coisa que percebi é que mais tarde a gente acaba comparando (quando tudo for diferente) como e quanto tudo na sua cabeça se transformou. Para os mais desmemoriados, funciona como uma fórmula mágica, uma espécie de remédio milagroso. Taí, Blog é o o Biotônico Fontoura da alma! … exagerei dessa vez, né? Tá certo, mas cresci ouvindo da minha mãe que Biotônico ajuda a memória. Vou tentar outro exemplo pra ficar mais claro. É como álbum de retrado com foto amarelada. Aqueles que quando aberto de novo, e toda vez, sempre faz a mente trazer de volta a lembrança daquela roupa que você adorava, do cheiro daquele perfume que hoje não se vende mais por aí, dos sentimentos daquele amor que você acreditava ter vivido tão intensamente e que hoje também está amarelado. Hoje, nem parece mais que foi tão verdadeiro assim. Mas ainda bem que muda … mudanças são sempre necessárias. Por falar nelas, tenho três amigos que gosto muito. Duas meninas lindas e um carequinha (dono da risada mais engraçada que já ouvi), que hora age como um irmão mais velho, hora mais me parece uma criança precisando de colo. Grandes figuras sem dúvida! Pessoas com qualidades suficientes para deixar caído de paixão qualquer mortal residente neste planeta de malucos. Mas parece que todos neste planeta são, ou estão mesmo enlouquecendo. Assim como eu, meus amigos vivem dando cabeçada na vida. Principalmente se o negócio for no campo sentimental. Ora estamos muito fascinados e despercebidamente pulamos de cabeça no fundo do poço, ora a gente não consegue se envolver a acaba perdendo a chance de curtir uma pessoa super legal. Sim, porque a gente encontra pessoas bacanas, mas quase sempre essas pessoas estão em sintonias opostas. Estão vivendo momentos diferentes dos nossos. Chego a ter a impressão que estamos todos desejando a mesma coisa, mas cada um a idealiza de uma forma diferente. Talvez isso explique o fato de estarmos todos em um mesmo barco, remando como loucos sem direção. Um para cada lado. Às vezes neste barco, acontece de você encontrar companheiros que pensam da mesma forma que você. Aí a coisa fica um pouco mais fácil. É o meu caso com os meus amigos. O final de semana passado foi especialmente bacana, porque pude compartilhar com eles o exercício da amizade em sua plenitude. É evidente que não é só o fato de estarmos passando pelas mesmas dificuldades que nos une. A gente acaba se divertindo muito, porque em algum momento, o que nos resta mesmo é achar graça de tudo. Então o grande barato é jogar a tristeza fora e sorrir. Pelo menos enquanto a tristeza não chega e nos atira a queima-roupa. Isso me fez lembrar um situação engraçada que vivemos juntos na madrugada de sábado para domingo. Estávamos tomando vinho na minha casa e saímos para curtir a noite em Itaipava. O destino era uma boite chamada TAMBOATÁ (muito divertida, aliás!). Ficamos enrolando em casa assitindo o DVD da Ana Carolina e Seu Jorge, bebendo um delicioso Merlot e nessa de papo-vai, papo-vem... quase perdemos a hora. A gente precisava chegar na boite até as 23:30, só pra garantir um desconto na entrada. Esqueci de dizer que além de encalhados como eu, meus amigos também andam numa dureza só, aliás, 90% da população, né? …risos! Mas voltando a nossa aventura, chegamos próximo a boite e fomos estacionar às pressas o carro, porque já eram 23:28. A vaga mais próxima da boite ficava em frente a um barzinho do tipo "pé-sujo", onde os donos colocaram no meio da rua umas mesinhas com algumas cadeiras espalhadas. Não tinha ninguém sentado ali e não perdemos tempo. Na pressa descemos do carro, chegamos a cadeira para o lado e estacionamos ali mesmo. Chegamos na boite a tempo, é claro! Nos divertimos à beça. Dançamos muito. Bebemos e rimos como sempre. Na saída, embora muito cansados, estávamos super animados. Entramos no carro e de repente um sujeito bate no vidro e vira-se para a Alline, que é quem dirigia o "possante" e diz: - Moça, é cinco … vocês tiraram a cadeira do lugar é cinco reais! Ela ficou parada olhando para a cara-de-pau do sujeito, não acreditando no que ouvia. Aliás, nenhum de nós estava acreditando. O carro estava ali, parado na rua em um lugar completamente aquém de qualquer segurança e nada ali poderia caracterizar um estacionamento. Bem, só para resumir a história eu disse a ela: - Alline, fecha o vidro e vamos embora. Ela foi arrancando o carro devagarzinho e como já estávamos todos ali dentro, fomos embora sem pagar “a conta”. Viemos até minha casa cantando e fazendo bagunça, mas mesmo no meio de toda aquela brincadeira eu voltei pensando que a vida é mesmo feita de pequenas, porém importantes lições. Estava pensando com meus botões: toda vez que você estaciona o seu carro em algum lugar e/ou mexe em alguma coisa de alguém, automaticamente essa pessoa se sente no direito de lhe cobrar por isso. Assim também são os relacionamentos. Acho que por isso a gente passa a vida cobrando esse entendimento para os outros. O entendimento dos nossos desejos, das nossas necessidades, porque de alguma forma as pessoas mexem no que é nosso. Estacionam o carro na nossa vida. E quando vão embora, nos sentimos no direito de cobrar por isso. Os amigos na verdade, fazem o meu papel nessa nossa história. Te dizem para seguir e não dar confinaça. “Vai saindo de fininho e deixa esse bocó de lado” é o que dizem. O bom mesmo é que no final a gente acaba dando risada da situação. Quase sempre é assim que as coisas funcionam, ou pelo menos deveriam funcionar. Mas meu objetivo aqui é mesmo só deixar o registro de um final-de-semana de quarto amigos, solteiros e carentes que saíram para se divertir e acabaram a noite com mais essa lição. E que bom que as coisas mudam, que as lições ficam e que a gente ainda tem a gente!

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