Ontem fiz uma coisa que já não faço há muito, muito tempo. Cheguei do trabalho, comi alguma coisa, tomei um banho quentinho, coloquei um pijama e me joguei no DVD. Aproveitando a fase de introspecção que estou nesta semana, segundo o registro neste Blog do meu céu astral, decidi escolher dois filmes nacionais, não tão recentes, mas que já haviam despertado minha curiosidade desde seu lançamento em 2008.
Filmes estes que abordam a mesma temática - A paixão, mas sob angulos um pouco diferentes.
O primeiro é "entre lençois". Paula (Paola Oliveira) é uma jovem atraente e Roberto (Reynaldo Gianecchini) é um cara encantador. Os dois se conhecem em uma balada e sem trocar muitas palavras, se beijam freneticamente, transformando aquela que seria mais uma noitada, em algo diferente. O clima entre os dois é intenso, quente e delicioso. E a cada minuto que passam juntos é possível conhecer um pouco mais do que pensam e muitas vezes do que gostariam de esconder... a curiosidade aos poucos dá lugar a um envolvimento profundo mas ao mesmo tempo sem compromisso. Ninguém imaginaria que o melhor lugar para se conhecer alguém fosse numa cama...
Minha visão pessoal : Os primeiros 20 minutos de filme ainda hipnotizado pela beleza da Paola e do Gianecchini , acho que ninguém consegue dar muita importância para a história em sí. Depois a cenas de nudez começam a se tornar constantes ( claro, o filme se passa praticamente inteiro em um quarto de motel ) e você começa a prestar mais atençao na história. E o que é melhor, começa a se identificar com os personagens a medida em que vai descobrindo suas histórias e traços de suas personalidades. A história é envolvente sim ... não é um filme simples. É preciso estar com o coração aberto para assisti-lo. Mais que isso para admirá-lo. E não deixar que lindíssimas curvas, seios e bundas te seguem ao objetivo do diretor que é ao meu ver demostrar o poder absoluto e avassalador que pode ser uma paixão e uma atração fisica.

O outro filme é Romance do diretor Guel Arraes. Pedro (Wagner Moura) é um ator e diretor de teatro, que se apaixona por Ana (Letícia Sabatella), também atriz, ao contracenar com ela a peça "Tristão e Isolda". O namoro deles é afetado pelo posterior sucesso dela na TV, impulsionado pela empresária Fernanda (Andréa Beltrão). Além disto, ao gravar um especial de TV, Ana conhece Orlando (Vladimir Brichta), um ator por quem se apaixona. O filme recebeu 4 indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil, nas categorias de Melhor Ator (Wagner Moura), Melhor Atriz Coadjuvante (Andréa Beltrão), Melhor Figurino e Melhor Maquiagem.

Bem , vamos lá ... aqui temos a tônica da paixão, novamente em evidência neste belíssimo filme. Os personagens que são atores também no filme são apaixonados pela arte de interpretar tanto quanto um pelo outro. Tanto que se apaixonam ao fazer uma peça juntos. Uma coisa que dá um aspecto interessante ao filme são as falas dos personagens principais que em determinado momento, chegam a confundir suas próprias frases com as das peças de teatro que admiram e que já foram interpretadas por eles. Achei fascinante pois isso deu uma visão muito poética ao filme, na minha opinião. Mas o foco não está neste ponto ... o filme retrata o amadurecimento da relação. O momento em que este sentimento de paixão se transforma através da rotina, da falta, da saudade, da dor e principalmente do ciúme. É neste momento que a paixão transforma-se em amor.
E por falar em Amor .... eu amei as imagens também, as cores, sem entrar no mérito de que Letícia Sabatella continua sendo uma das atrizes mais lindas e competentes do Brasil. Wagner moura dispensa comentários neste filme na minha opinião. Uma bela história de amor, que não deixa nada a desejar para a conhecida e clássica história de Tristão e Isolda, que inspirou a obra.
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