segunda-feira, 29 de março de 2010

LADY GAGA – A MODA EM SI ( por Jorge da cunha Lima )

O homem moderno não consegue acordar sem descobrir um novo ídolo que lhe arrepie as cuecas. Nesse bom sentido a morte de Michael Jackson deixou todo mundo de roupa em plena passarela. Uma ânsia pelo rebolado perdido, pela paixão inviável, pelo autógrafo psicografado.Logo, antes mesmo do logo, surgiu, triunfalmente, Lady Gaga. Não canta como o Michael, não dança como ele, mas se veste como ninguém.
Gaga é o triunfo do fashion. Seus vídeos sempre venderão mais do que seus cd. Gagá é um ser visual, vestido. Seu corpo são os vãos da indumentária. Gagá é um fenômeno da moda. A consagração da exuberância, da irreverência, da tolerância total. Hoje, ninguém se veste como Lady Gaga. Mas o que a Ilustrada chama de Gagaísmo tem um precedente: Carmen Miranda. O ídolo luso-brasileiro dos anos cinqüenta era pura fantasia, de pano e lantejoulas. Carmen Miranda colocava bananas e abacaxis na cabeça. Lady Gaga coloca lagostas. Um boné de rendas em vez do turbante pré-tropicalista.Mas tudo sempre será a mesma coisa: o hábito haverá de fazer o monge. A roupa é o que mais despe o caráter de um homem. O ser humano só estará inteiramente nu quando escolher a própria roupa.Fumaça branca nas chaminés do Vaticano. Habemus mito no mundo pop.
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/jorgedacunhalima/2010/03/28/lady-gaga-a-moda-em-si/

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