domingo, 20 de novembro de 2011


Literatura de Cordel 



Vulgarmente conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimentopopularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. NoNordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Escrever com precisão,
fazer um texto bonito
é tirar sangue de pedra,
rimar boi com periquito,
matar um leão por dia
catar piolho da tia,
tirar leite de cabrito

Vai garimpando palavras
como quem busca tesouro,
lá no meio do pedregulho
achar pepitas de ouro
e enquanto rabisca o texto
é só encontrar um pretexto
prá logo cair no choro

Porque escrever é magia
de quem nasceu com talento,
de umas poucas palavras
edifica um monumento,
descreve briga de galo,
mata a cobra e mostra o talo
cavalgando num jumento

Tem muita gente com medo
de empunhar a caneta,
foge dela assustada
como se fosse o capeta,
temendo que ela queime
se um dia ele teime
em escrever uma letra

Um candidato a escritor
precisa se exercitar
lendo um bocado de livros,
escrever muito sem parar,
vivend'o imaginário
de olho no dicionário
na fantasia viajar

Para ser um beletrista
paladino da cultura,
intelectual famoso
de saber e formosura
precisa de dedicação,
ter pronto um livro na mão
com a sua assinatura



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